Nos últimos dois anos, a Covid-19 exigiu medidas por vezes drásticas para conter a disseminação da doença. Agora, com sua variante Ômicron, todos estão aprendendo a conviver com incertezas, tentando movimentar a economia do jeito que é possível, com jogo de cintura e criatividade. Mas uma coisa é certa: o delivery de tecnologia aumentou muito mais do que o previsto, acelerando a transformação digital. Na opinião de Adriano Filadoro, CEO da Online Data Cloud, a pandemia demonstrou a importância da prontidão digital, que permite que os negócios e a vida continuem de uma forma diferente, mas eficiente e segura.
Criar a infraestrutura necessária para apoiar um mundo digitalizado, além de incorporar as tendências que garantem competitividade nos negócios, é essencial para qualquer empresa. O que nós estamos vendo é o tripé que mantém a vida das pessoas assentado em bases tecnológicas. Ou seja, tudo tem de estar o mais digitalizado possível. Sendo assim, Filadoro aponta os três pilares que sustentam empresas de todos os tamanhos:
- Virtualização. “O volume de dados transmitidos aumentou muito nos últimos 20 meses, levando as operadoras móveis a fazer com que a infraestrutura de rede seja capaz de suportar esse aumento. Como recursos físicos demandam altos investimentos, a virtualização vem se mostrando uma opção inteligente. A virtualização de RAN (Regional Area Network), por exemplo, vem sendo adotada por muitas operadoras de rede. O ganho de escalabilidade e elasticidade resulta numa rede mais eficiente e econômica. Além disso, a virtualização também pode ser empregada em rede aberta, abrindo caminho para a inovação”.
- Compartilhamento de espectro. “O compartilhamento de infraestrutura será fundamental para o bom desenvolvimento do 5G no Brasil, incluindo postes, torres, dutos, condutos etc. Mas também o espectro deve ser compartilhado, maximizando sua utilização e ainda abrindo oportunidade para novos negócios. As tendências tecnológicas deixam claro que mais e mais conteúdo será consumido em dispositivos móveis. Para evitar o congestionamento da rede e melhorar a experiência do usuário, as empresas vão aderir a um dos vários tipos de compartilhamento de espectro”.
- Inteligência Artificial. “A inteligência artificial e o aprendizado de máquina estão desempenhando um papel cada vez maior nas empresas. Quando a comunicação estiver sendo feita com auxílio desses sistemas, fazendo uso de espectro compartilhado, a carga será monitorada continuamente nas várias redes. Dependendo dos dados, do número de usuários e da carga da rede, a inteligência artificial pode contribuir na tomada de decisão quando se tem de escolher parâmetros ideais para fornecer conteúdo. Sendo assim, as redes podem decidir automaticamente mudar a transmissão de um espectro para outro em tempo real, melhorando bastante a experiência do usuário”.