O sucesso do tão esperado leilão do 5G está diretamente relacionado com a quantidade de faixas de radiofrequência e o tamanho de cada uma. Foram vendidas “partes” de quatro bandas: 700 MHz; 2,3 GHz; 26 GHz e 3,5 GHz. Mas nunca antes tanto espectro foi leiloado de uma só vez – animando o mercado. O leilão definiu quais empresas poderão levar a internet móvel de última geração aos brasileiros a partir de 2022.
Ao todo, foram investidos quase R$ 47 bilhões. A venda das faixas do 3G, por exemplo, rendeu R$ 7 bilhões; a do 4G, R$ 12 bilhões. Para ilustrar, a Claro investiu três camadas: 3,5 GHz; 2,3 GHz; e 26 GHz. Mas partes das frequências que foram vendidas serão usadas também para o 4G e são uma espécie de “sobra” de outra licitação. É o caso da faixa de 700 MHz.
Segundo Adriano Filadoro, CEO da Online Data Cloud, “a tecnologia 5G deve começar a ser implantada primeiro em áreas urbanas de maior densidade e que apresentam uma banda larga móvel mais aprimorada – se estendendo do setor de saúde à indústria automotiva, de residências inteligentes a cidades inteligentes etc. O fato é que os recursos do 5G vão interferir definitivamente no cenário atual, permitindo vários aplicativos com os quais o 4G não conseguia lidar”.
O executivo argumenta que haverá um aumento impactante de serviços em nuvem. “O novo potencial de comunicação abre vários caminhos. É o que estava faltando para impulsionar a Internet das Coisas (IoT). A combinação das tecnologias de 5G celular e nuvem proporcionará uma riqueza substancial em capacidade, flexibilidade e funcionalidade às ofertas de serviços de IoT. Isso ajudará as empresas a combinar novas fontes de dados com as já tradicionais, examinando informações em tempo real. À medida que o 5G e suas aplicações evoluírem, haverá uma adoção significativa da tecnologia nas mais variadas áreas – envolvendo cargas de trabalho enormes e complexas, tornando a computação em nuvem um componente essencial. Isso já está para acontecer e todos precisamos estar atentos para não perder o timing”.